O presente artigo tem como finalidade levantar
dados relativos às consequências de não se realizar a devida manutenção veicular,
tanto por usuários como frotistas,
objetivando conscientizar a importância bem como exemplificar de forma genérica
as características da manutenção dos sistemas do veículo, dando ênfase nas
vantagens e segurança de executar a
manutenção conforme o plano de manutenção do veículo especificado pelo
fabricante.
O veículo quando novo possui todos os componente em perfeito estado de funcionamento tendo suas medidas e folgas pré-estabelecidas pelo fabricante, com o uso os componentes sofrem desgastes, contaminações química e influências física; tudo isso é previsto pelo fabricante, que desenvolve um plano de manutenção para inspecionar, e reparar as avarias.
O veículo quando novo possui todos os componente em perfeito estado de funcionamento tendo suas medidas e folgas pré-estabelecidas pelo fabricante, com o uso os componentes sofrem desgastes, contaminações química e influências física; tudo isso é previsto pelo fabricante, que desenvolve um plano de manutenção para inspecionar, e reparar as avarias.
Algumas manutenções e vistorias ficam a cargo do
proprietário. Para facilitar o check-up e manutenções é desenvolvido e
disponibilizado, ao proprietário e técnicos de reparação, manuais. O usuário
recebe o manual do proprietário onde estão as informações pertinentes ao uso do
veículo. Já os técnicos de manutenção devem recebem o manual técnico de
reparação de todos os sistemas do veículo.
A correta manutenção
influencia na segurança e confiabilidade do veículo, devido a esse fato é
recomendado realizar manutenção preventiva para reduzir ou evitar falhas ou
queda no desempenho, tais manutenções são obtida por um planejamento baseado em
Intervalos de tempo definido ou quilometragem percorrida.
Muitos proprietários
utilizam a prática da manutenção corretiva, sendo esta, a ação de correção de
falhas ou menor desempenho evidenciados, essa prática envolve muitos riscos de
acidentes, e maior prejuízos.
No intuito de orientar os
proprietários e frotistas, nesse artigo serão abordadas as principais
observações e manutenções dos veículos movidos por motores de combustão interna.
2 Referencial teórico
Conforme informações disponibilizadas
pela concessionária de pedágio Ecovia, no período de
dez dias, entre 17 e 27 de dezembro, foram contabilizados 800 (oitocentos) veículos que quebraram nas BR-277 e nas PRs 407 e 508, que levam às praias, três por hora. A maioria dos problemas poderia ter sido facilmente
resolvida antes da viagem, se a revisão tivesse sido feita.
Com o objetivo
de minimizar o tráfego de veículos sem condições de uso o Código Brasileiro de Trânsito
estabelece que o motorista que for flagrado conduzindo com equipamentos
obrigatórios dos veículos inoperantes ou ineficientes será autuado. O valor da
multa é de R$ 127,00 e ele perde cinco pontos na carteira de habilitação –
trata-se de infração grave. Em alguns casos poderá também ocorrer a apreensão
do veículo.
Os veículos são
constituídos por diversos sistemas, com características específicas para cada
veículo, para a aprovação da inspeção de segurança prevista no art. 104 do
Código de Trânsito Brasileiro é exigência obrigatória para o licenciamento de
veículo automotor, a inspeção técnica dos veículos, que tem por objetivo
inspecionar e atestar as reais condições dos itens de segurança da frota em
circulação e será executada conforme o disposto nesta resolução e seus anexos,
observadas, ainda, as normas estabelecidas pela ABNT – Associação Brasileira de
Normas Técnicas estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro – CTB conforme
Decreto nº 2.327, de 23 de setembro de 1997, que trata da coordenação do
Sistema Nacional de Trânsito, de competência do CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO –
CONTRAN, conforme art. 12 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997.
Os
itens checados na inspeção técnica veicular conforme Art. 2º são:
I - Identificação do veículo: Autenticidade da identificação e
de sua documentação; legitimidade da propriedade; preservação das
características de fábrica dos veículos e seus agregados.
II - Equipamentos obrigatórios e proibidos,
constantes do Anexo I:
III - Sistema de sinalização: lanternas; luzes
intermitentes de advertência; retro-refletores;
IV - Sistema de iluminação: faróis
principais; faróis auxiliares; lanterna de iluminação de placa traseira; luzes
do painel;
V - Sistema de freios: freios de serviço; freios
de estacionamento; comandos; servofreio; reservatório do líquido de freio; reservatório
de ar/vácuo; circuito de freio; discos, tambores, pratos e componentes;
VI - Sistema de direção: alinhamento de
rodas; volante e coluna; funcionamento; mecanismo, barras e braços;
articulações; servodireção hidráulica ou elétrica; amortecedor de direção;
VII - Sistema de eixo e suspensão: funcionamento
da suspensão; eixos; elementos elásticos; elemento de articulação; elemento de
regulagem;
VIII - Pneus e rodas: desgaste da banda de
rodagem; tamanho e tipo dos pneus; simetria dos pneus e rodas; estado geral dos
pneus; estado geral das rodas ou aros desmontáveis;
IX - Sistemas de componentes complementares:
portas e tampas; vidros e janelas; bancos; alimentação de combustível; estado
geral da carroçaria; chassi e estrutura do veículo.
Segundo o Sindirepa-PR (Sindicatos
da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios) “ com a manutenção
preventiva a sociedade brasileira ganha com veículos mais seguros, confiáveis e
menos poluentes, o que influi na qualidade de vida de todos nós.”
Além de que o proprietário gasta menos e de forma programada. Hoje
a inspeção veicular só ocorre de fato nos grandes centros. A inspeção veicular
não pode ser vista por parte dos usuários como uma obrigação imposta, mas sim
como um investimento que minimiza a depreciação do veículo, meio ambiente e
veículo confiavel.
(VÍDEO AUTO ESPORTE)
(VÍDEO AUTO ESPORTE)
3
Particularidades e manutenções dos principais sistemas
É
recomendado aos motoristas que antes da utilização do veículo, que seja realizada
uma inspeção visual: níveis de fluído, água, óleo e observar a normalidade das
luzes, indicadores do painel de instrumentos limpador do para-brisa.
Pneus: Para se obter dos pneus os melhores
resultados em termos de aderência, duração e segurança é fundamental que eles
sejam adequadamente utilizados. Neste particular, observar a seguinte
recomendação:
A
pressão de enchimento deve ser aquela indicada pelo fabricante do veículo e do
pneu. O seu controle deve ser feito pelo menos uma vez por semana, com os pneus
sempre frios porque os mesmos se aquecem durante o rodar e o calor provoca o
aumento da pressão inicial. Utilizar nesta operação um calibrador devidamente aferido e não esquecer o
estepe.
A pressão
correta proporciona ao pneu um apoio perfeito no solo e desta forma a banda de
rodagem apresenta um desgaste normal.
Quando
a pressão é insuficiente, o pneu tende a se apoiar mais nas laterais da banda
de rodagem e estas se desgastam prematuramente. Além disso, deformação do pneu
torna-se muito acentuado, contribuindo para uma maior geração de calor, o que
prejudica a estrutura do pneu e aumenta consideravelmente o consumo.
Nas revisões
deve ser realizado o rodízio para que haja um desgaste uniforme.
Em Irregularidades no desgaste do pneu é indica a necessidade de manutenção, (conferência da geometria da direção) e substituição de componentes se necessário.
Em Irregularidades no desgaste do pneu é indica a necessidade de manutenção, (conferência da geometria da direção) e substituição de componentes se necessário.
Sistema de suspensão: Tem como finalidade absorver ao máximo
os impactos das irregularidades do solo não transmitindo para a carroceria do
veículo, contribuindo para o conforto. Ao manter o pneu com maior contato com o
solo devido à redução das oscilações das molas, contribuindo dessa forma para a
estabilidade do veículo.
Para
veículos convencionais os principais componentes que contribuem para a
suspensão são: pneu, amortecedores molas barra estabilizadora, braços
oscilantes.
Os
usuários devem atentar para algumas anormalidades que possam ocorrer, tais
como: instabilidade, vibrações e ruídos. Mesmo que não apresente tais sintomas,
de forma preventiva devem-se checar as condições dos itens e substituir, se
necessário.
Direção: veículos com direção servoassistida
hidraulicamente deve ser conferido o nível do fluido da direção, e da mesma
forma que na suspenção, atentar para ruídos direção puxando para um dos lados,
direção pesada, folgas, vibrações e instabilidade; na presença de algum sintoma
citado, deve-se buscar assistência técnica.
Sistema de freio: Os sistemas de freio são dois - freio
de estacionamento - deverá manter o veículo parado mesmo em aclive ou declive
acentuado; - freio de serviço ou marcha - quando o veículo em movimento,
utilizado para reduzir a velocidade ou pará-lo.
O
usuário deverá conferir e corrigir, se necessário, o nível do fluido de freio,
e quando sentir alguma anormalidade entre os períodos de manutenção, tais como:
ruído, pedal duro, volante puxando ao acionar o freio, maior distância de
frenagem, ou instabilidade ao acionar o freio, são indícios da necessidade de
manutenção especializada.
Sistema de transmissão: Os componentes que fazem parte desse
sistema são robustos e requerem pouca manutenção, porém de forma genérica deve-se
conferir e substituir os fluídos, checagem do estado das coifas das
homocinéticas e atentar quanto a ruídos e dificuldade de engate das marchas, a reparação
imediata possível
evitar prejuízos.
Motor: Os principais problemas relativos ao
motor de combustão interna são vazamentos, ruídos, fumaça, falhas, perda de
desempenho e consequente baixa autonomia, são exemplos de sintomas que indicam
a necessidade de manutenção.
No decorrer da vida útil do motor devem-se realizar as manutenções necessárias nos diversos sistemas do motor: alimentação, ignição, lubrificação, arrefecimento, e exaustão. Tendo como mais relevante a conferência e troca do óleo e líquido de arrefecimento, regulagens, substituição de componentes como, por exemplo, motores que possuem correia dentada, se não for substituída sua ruptura danificará o motor, provocando prejuízos.
No decorrer da vida útil do motor devem-se realizar as manutenções necessárias nos diversos sistemas do motor: alimentação, ignição, lubrificação, arrefecimento, e exaustão. Tendo como mais relevante a conferência e troca do óleo e líquido de arrefecimento, regulagens, substituição de componentes como, por exemplo, motores que possuem correia dentada, se não for substituída sua ruptura danificará o motor, provocando prejuízos.
Combustível: É fundamental observar as procedências, qualidade e
especificações do combustível dentro dos padrões aceitáveis recomendado pelo
fabricante, isso evita problemas, como: entupimento, travamento, corrosão,
entre outros problemas no sistema de alimentação.
Sistemas elétrico e
eletrônico:
Os veículos atuais são possuem diversos sistemas eletrônicos responsáveis pelo
controle e monitoramento de sistemas elétrico e mecânico tais como: motor,
caixa de mudanças, controle de tração sistema de freio, suspensão,
climatização, sinalização, iluminação, airbag. A eletrônica veio à otimizar os
sistemas, facilitando o diagnóstico de defeitos devido ao autodiagnostico que os
sistemas atuais executam e memorizam eventuais avarias.
Conclusão
Atualmente, cerca de 40 mil
pessoas morrem por ano em acidentes de carros no País, considerando que 27 %
são causados por falta de manutenção, além dos transtornos e prejuízos causados
por interrupção de viagens. As medidas adotadas pelas autoridades para minimizar
tal problema são multas e as inspeções veiculares. A conscientização da
população é mais importante, pois o custo da manutenção preventiva de seu
veículo é revertida em confiabilidade, segurança e valorização do patrimônio.